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Arquitetos: Sahel AlHiyari Architects
- Área: 1800 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Pino Musi, Sosthen Hennekam
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Fabricantes: ATELIER F., Atelier Alain Ellouz, AutoDesk, BASF, Basalte, Blanc Carrare, Bulthaup, EDM, Gaggenau, Keller, Mitsulift, Molteni & C, Trimble Navigation, Waterworks
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta residência está localizada em Dabuq, um bairro residencial a oeste de Amman com densa vegetação nativa. Nas últimas duas décadas, Dabuq tem testemunhado um desenvolvimento em massa que resultou em extensos danos ambientais para, provavelmente, a única zona florestal de Amman.
Trata-se de um terreno retangular com declive diagonal. A implantação da residência, portanto, é inclinada em relação ao perímetro do terreno para alinhar-se com a topografia e aproveitar a maior parte do espaço aberto que não possui árvores.
A casa consiste em duas partes separadas conectadas por um telhado. As duas partes enquadram a paisagem das colinas do outro lado do terreno a partir do ponto de entrada. A separação dos volumes segue o requisito que exigia a divisão entre o dormitório de hóspedes e o restante da casa.
A residência é composta por três pavimentos, porém, cada um possui uma conexão direta com o terreno ou jardim. Tais conexões resultam da incorporação dos dois primeiros níveis da casa no próprio terreno para se adequarem à topografia e mitigarem o efeito escalonado dos três andares.
O espaço principal de chegada está situado na parte mais alta do terreno e é definido pela planta em forma de "L" do terceiro andar. Esta parte da casa é totalmente fechada, sem aberturas, um espaço esculpido na paisagem e acessado por escadas. Este ambiente de entrada se abre ao céu por meio da conexão com a cobertura e à paisagem através do espaço interior.
O projeto é composto por uma série de lajes de concreto espessas e paralelas umas às outras que pairam sobre um profundo recuo contendo todas as aberturas, floreiras, caminhos de circulação e escadas. Este gesto enfatiza o peso material do projeto criando uma composição de lajes monolíticas que interagem e contrastam com a paisagem.
A arquitetura, embora aparentemente rígida e de expressão angular, mantém uma qualidade delicada e suave por meio da superfície polida à mão do concreto. Esta técnica produz um conjunto de superfícies irregulares onduladas que referencia a escultórica paisagem circundante e o solo sobre o qual a casa é assentada.
Esta imperfeição controlada permite que o projeto também esteja em sintonia com a cultura local de construção, que ainda depende muito da baixa tecnologia e de mão-de-obra especializada.